Estes 4 primeiros livros foram submetidos à apreciação
de editores, professores e pedagogos, que incentivaram sua publicação,
conforme depoimentos a seguir:
"Trata-se
de uma leitura que ajuda no plano do desenvolvimento intelectual, das
operações lógicas e na organização
mental. O contexto deixa bem claro noções lógicas
(medidas de comprimento, por exemplo) e explora recursos semânticos
e poéticos".
Nilsa Schier Dória
Professora de Classe Especial para Deficiência Mental Leve por 22
anos.
Pós Graduação em Especialização em
Magistério de 1º e 2º grau pelo IBEPEX (Instituto Brasileiro
de Pós - Graduação e Extensão).
***
"Achei
o texto muito interessante, desperta a curiosidade e a imaginação
do leitor. O final é surpreendente, leva a uma reflexão
imediata. Pode ser utilizado em um trabalho interdisciplinar envolvendo
as seguintes disciplinas:
• Português • Matemática • Filosofia.
Também será muito apropriado para trabalhar o tema transversal
Ética".
Genimara
Endres Gonzaga
Coordenadora Pedagógica
Especialista em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio
Pós - Graduada em Didática no Ensino Superior
MBA - Gestão de Instituições Educacionais.
***
"Numa
época de valores tão "frouxos" é sempre
bem vindo um trabalho que trata do assunto de forma tão leve e
bem humorada, sem ser doutrinador.
A
primeira experiência com os alunos da nossa escola foi muito boa.
As ilustrações, confesso, causaram em mim e em outros adultos
certa estranheza, mas para eles foi de grande aceitação.
Depois da leitura, comentaram e fizeram associações com
os conteúdos da vida diária.
Acredito
que a coleção vai permitir muits discussões sobre
os temas propostos, deixando sempre a possibilidade de as crianças
aprenderem a expresssar suas opiniões e respeitar a dos colegas."
Luci
Serrichio
Formada em Pedagogia e História na USP, especialização
em Literatura Infantil, diretora pedagógica da Escola Anjo da Guarda.
Avó do Dudu e da Lelê.
***
***
Palavra de Editor
"Neste tempo em que as palavras se perdem ao sabor do vento, em que
nossas vidas são perscrutadas na intimidade pela cultura Big Brother
que cada vez mais se impõe sem que se lhe ofereça maior
resistência e em que as nossas frustrações individuais
são creditadas muitas vezes ao "outro" ou às "falhas"
do outro, as personagens Futrica, Rinomax e Rabizóio tornam-se
um fiel retrato de uma sociedade castrada, competitiva e altamente individualista.
Se há redenção para isso? Pois é. É
disso também que essa coleção de literatura trata,
é só observar as transformações que essas
personagens sofrem no decorrer das três histórias desenvolvidas
com alto teor criativo por Luiz Augusto Glück Rachwal, o Guggo. Colocando
seus pequenos leitores em contato com essas criaturas não-humanas
(porém, também não animais) soando a um Cortázar
infanto-juvenil com seus Cronópios e Famas aqui representados por
Futrica, Rinomax e Rabzóio , Guggo injeta grande dose de inventividade
e estímulo no trato de temas que discutem a ética, a solidariedade,
acompaixão pelo outro (apesar dos "defeitos" do outro)
e os preconceitos; além de instigar constantemente a um exame de
consciência por parte de cada um de nós.
Sem cair no reacionarismo, Guggo nos apresenta, pode-se dizer, pequenas
fábulas contemporâneas contendo suas morais sem ser moralista.
É um tipo de diversão útil pois leva sempre à
reflexão. Se a obra de Guggo possui um valor pedagógico?
Claro que sim. Mas o mais importante, e uma das funções
das boas histórias de ficção: ela estimula a formação
de leitores atentos ao mundo ao seu redor, não só ao mundo
que está próximo, mas também ao que está por
aí afora, muito além de nossa aldeia, pois vivemos, por
mais que isso às vezes pareça improvável, em eterna
simbiose com o outro nesse grande organismo que é a Terra. E além
desse estímulo à visão crítica através
da literatura, a obra de Guggo faz com que seus pequenos leitores tenham
o poder de dar um seqüência bem estruturada na formação
de seu conjunto de valores éticos e morais.
Rinomax, Futrica e Rabzóio são seres universais sem raça,
cor, credo ou nacionalidade definidos, o que evita o proselitismo, foge
ao panfletário e prega a aceitação do outro e o aproveitamento
de suas idiossincrasias , são também seres em formação
(e não seriam isso os jovens leitores dessas histórias?)
que através de uma universo de cores, formas e situações
inusitadas alimentam no leitor constantemente a problematização
do mundo através da abstração que só a criação
artística pode proporcionar. Por isso Guggo foge ao racionalismo,
à objetividade castradora para qual nossa atual e futuras gerações
estão sendo moldadas; contudo suas histórias encontram sempre
uma lógica e um sentido para as nossas ações: aquela
de que o que não é bom para o meu próximo não
será bom para mim.
Some-se a isso tudo o ritmo envolvente das palavras, a quebra (muitas
vezes) da linearidade narrativa instigando a analogias das mais diversas
no campo do enredo e da interpretação de texto, o vocabulário
inteligente e o uso de expressões consagradas no nosso dia-a-dia
que ganham aqui expressão artística para transformar o leitor,
e por que não o mundo?, já que o leitor é sempre
um imenso universo de potencialidade transformadora."
Paulo
Sandrini
Paulo
Sandrini é escritor, designer gráfico da área editorial,
membro do conselho editorial da Travessa dos Editores, mestrando em Estudos
Literários pela UFPR e autor dos livros de contos Vai ter que engolir!,
O estranho hábito de dormir em pé. Códice d'incríveis
objetos. Foi premiado nos concursos de contos Paulo Leminski (1997) e
Luiz Vilela (2002).
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