Estes 4 primeiros livros foram submetidos à apreciação de editores, professores e pedagogos, que incentivaram sua publicação, conforme depoimentos a seguir:

"Trata-se de uma leitura que ajuda no plano do desenvolvimento intelectual, das operações lógicas e na organização mental. O contexto deixa bem claro noções lógicas (medidas de comprimento, por exemplo) e explora recursos semânticos e poéticos".

Nilsa Schier Dória
Professora de Classe Especial para Deficiência Mental Leve por 22 anos.
Pós Graduação em Especialização em Magistério de 1º e 2º grau pelo IBEPEX
(Instituto Brasileiro de Pós - Graduação e Extensão).

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"Achei o texto muito interessante, desperta a curiosidade e a imaginação do leitor. O final é surpreendente, leva a uma reflexão imediata. Pode ser utilizado em um trabalho interdisciplinar envolvendo as seguintes disciplinas:
• Português • Matemática • Filosofia.
Também será muito apropriado para trabalhar o tema transversal Ética".

Genimara Endres Gonzaga
Coordenadora Pedagógica
Especialista em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio
Pós - Graduada em Didática no Ensino Superior
MBA - Gestão de Instituições Educacionais.

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"Numa época de valores tão "frouxos" é sempre bem vindo um trabalho que trata do assunto de forma tão leve e bem humorada, sem ser doutrinador.

A primeira experiência com os alunos da nossa escola foi muito boa. As ilustrações, confesso, causaram em mim e em outros adultos certa estranheza, mas para eles foi de grande aceitação. Depois da leitura, comentaram e fizeram associações com os conteúdos da vida diária.

Acredito que a coleção vai permitir muits discussões sobre os temas propostos, deixando sempre a possibilidade de as crianças aprenderem a expresssar suas opiniões e respeitar a dos colegas."

Luci Serrichio
Formada em Pedagogia e História na USP, especialização em Literatura Infantil, diretora pedagógica da Escola Anjo da Guarda. Avó do Dudu e da Lelê.

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Palavra de Editor

"Neste tempo em que as palavras se perdem ao sabor do vento, em que nossas vidas são perscrutadas na intimidade pela cultura Big Brother que cada vez mais se impõe sem que se lhe ofereça maior resistência e em que as nossas frustrações individuais são creditadas muitas vezes ao "outro" ou às "falhas" do outro, as personagens Futrica, Rinomax e Rabizóio tornam-se um fiel retrato de uma sociedade castrada, competitiva e altamente individualista. Se há redenção para isso? Pois é. É disso também que essa coleção de literatura trata, é só observar as transformações que essas personagens sofrem no decorrer das três histórias desenvolvidas com alto teor criativo por Luiz Augusto Glück Rachwal, o Guggo. Colocando seus pequenos leitores em contato com essas criaturas não-humanas (porém, também não animais) soando a um Cortázar infanto-juvenil com seus Cronópios e Famas aqui representados por Futrica, Rinomax e Rabzóio , Guggo injeta grande dose de inventividade e estímulo no trato de temas que discutem a ética, a solidariedade, acompaixão pelo outro (apesar dos "defeitos" do outro) e os preconceitos; além de instigar constantemente a um exame de consciência por parte de cada um de nós.
Sem cair no reacionarismo, Guggo nos apresenta, pode-se dizer, pequenas fábulas contemporâneas contendo suas morais sem ser moralista. É um tipo de diversão útil pois leva sempre à reflexão. Se a obra de Guggo possui um valor pedagógico? Claro que sim. Mas o mais importante, e uma das funções das boas histórias de ficção: ela estimula a formação de leitores atentos ao mundo ao seu redor, não só ao mundo que está próximo, mas também ao que está por aí afora, muito além de nossa aldeia, pois vivemos, por mais que isso às vezes pareça improvável, em eterna simbiose com o outro nesse grande organismo que é a Terra. E além desse estímulo à visão crítica através da literatura, a obra de Guggo faz com que seus pequenos leitores tenham o poder de dar um seqüência bem estruturada na formação de seu conjunto de valores éticos e morais.
Rinomax, Futrica e Rabzóio são seres universais sem raça, cor, credo ou nacionalidade definidos, o que evita o proselitismo, foge ao panfletário e prega a aceitação do outro e o aproveitamento de suas idiossincrasias , são também seres em formação (e não seriam isso os jovens leitores dessas histórias?) que através de uma universo de cores, formas e situações inusitadas alimentam no leitor constantemente a problematização do mundo através da abstração que só a criação artística pode proporcionar. Por isso Guggo foge ao racionalismo, à objetividade castradora para qual nossa atual e futuras gerações estão sendo moldadas; contudo suas histórias encontram sempre uma lógica e um sentido para as nossas ações: aquela de que o que não é bom para o meu próximo não será bom para mim.
Some-se a isso tudo o ritmo envolvente das palavras, a quebra (muitas vezes) da linearidade narrativa instigando a analogias das mais diversas no campo do enredo e da interpretação de texto, o vocabulário inteligente e o uso de expressões consagradas no nosso dia-a-dia que ganham aqui expressão artística para transformar o leitor, e por que não o mundo?, já que o leitor é sempre um imenso universo de potencialidade transformadora."

Paulo Sandrini

Paulo Sandrini é escritor, designer gráfico da área editorial, membro do conselho editorial da Travessa dos Editores, mestrando em Estudos Literários pela UFPR e autor dos livros de contos Vai ter que engolir!, O estranho hábito de dormir em pé. Códice d'incríveis objetos. Foi premiado nos concursos de contos Paulo Leminski (1997) e Luiz Vilela (2002).

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